Irrigação por aspersão: quais tipos e como escolher o melhor sistema?

Não é à toa que a irrigação por aspersão é um dos métodos mais utilizados em todo o mundo para otimizar a plantação de diversas culturas. No Brasil, por exemplo, ele é a forma mais usada para cultivar cebolas e plantações de feijão em grande parte do cerrado.

Apesar de apresentar um custo inicial mais alto, esse sistema oferece vantagens a curto, médio e longo prazo por ser tão versátil. Porém, mesmo sendo o queridinho dos produtores, não significa que ele é a melhor opção para você.

Para descobrir qual é o melhor sistema de irrigação por aspersão para atender às suas necessidades e entender os principais tipos disponíveis no mercado, leia este guia até o final!

O que é e para que serve a irrigação por aspersão?

A irrigação por aspersão é um método clássico e muito utilizado de irrigação, que simula uma chuva nas áreas de plantações por meio de aspersores (distribuidores) que pulverizam jatos de água de cima para baixo, gerando pequenas gotas que molham as plantas e o solo de maneira uniforme.

Para funcionar corretamente e criar uma chuva artificial, esses irrigadores são construídos com diversos componentes que bombeiam, transportam e distribuem a água. Entenda melhor a seguir.

Como funciona o sistema de irrigação por aspersão?

O sistema de irrigação por aspersão funciona com a harmonia de diversas peças e processos que ajudam a pulverizar jatos de água de maneira eficiente e uniforme, como se fosse uma chuva. De modo geral, há três componentes ou conjuntos principais: bombeamento, transporte e distribuição (aspersores).

Veja como funciona o sistema de irrigação por aspersão na prática!

Bombeamento

Esse elemento reúne vários conjuntos de peças e sistemas, como a bomba centrífuga e o motor acionador. Eles servem para captar e conduzir a água até os aspersores.

Esse conjunto motobomba funciona com energia elétrica ou motores de combustão à diesel.

É importante investir em um sistema de alta qualidade para evitar desequilíbrio na pressão e na sobrecarga às peças e ao motor.

Transporte

O segundo componente diz respeito à condução da água levada pelo conjunto de motobomba aos aspersores.

O transporte é feito por tubos de materiais variados (metal, aço, alumínio, plástico, ferro etc). Cada tipo de tubulação possui um custo, o que pode abaixar ou elevar o valor inicial de investimento.

Distribuição

Quem distribui e expele a água são os aspersores. E é claro que eles devem ser escolhidos a dedo, pois oferecem diferentes formas de distribuição. Algumas alternativas que eles apresentam são:

  • pressão de serviço;
  • tamanho das gotas;
  • movimento do jato (circular, transversal…);
  • alcance da água.

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Quais são os sistemas de irrigação por aspersão?

Em suma, há duas categorias principais de sistemas de irrigação por aspersão: convencional e mecanizada. Eles funcionam de forma similar, mas suas estruturas são montadas de maneiras distintas, oferecendo variedades de métodos de fixação no solo. Basta entender qual é o melhor sistema de irrigação para sua região e cultura.

1. Sistema de irrigação por aspersão convencional

Os sistemas considerados tradicionais são os que possuem os componentes motobombas, tubulações e aspersores. Eles podem ser portáteis ou semiportáteis, cobrindo toda a área plantada durante a movimentação, ou fixos, separados estrategicamente para irrigar todos os setores.

Considerado o sistema básico, que serve como referência para o sistema mecanizado, é essencial ter os medidores de pressão (manômetros) para garantir o bom funcionamento.

Esses são alguns exemplos de sistemas de irrigação por aspersão convencional:

  • sistema em malha: é fixo, com tubulações enterradas, formado por apenas um aspersor que se movimenta na linha lateral com diâmetro reduzido. Geralmente, é utilizado em pequenas áreas de plantação, pois precisa de um conjunto de bombeamento de baixa potência;
  • sistema autopropelido: funciona por energia hidráulica, com um aspersor canhão, instalado em cima de uma plataforma. Para a distribuição, é usada uma mangueira de alta pressão de até 500 m. É mais usado em áreas médias de plantio.

2. Sistema de irrigação por aspersão mecanizado

Já o sistema de irrigação por aspersão mecanizado, como o próprio nome já indica, é feito de forma automatizada por sistemas, tratores ou pressão da tubulação.

Calma, vamos explicar melhor!

A estrutura do sistema mecanizado é diferente do convencional. Ela utiliza aspersores, geralmente metálicos, instalados em estruturas que se movem pelo cultivo. E, por isso, é muito usado em grandes plantações.

Os dois mais usados no Brasil são:

  • pivô central: com movimento circular, o pivô central é uma estrutura de linha lateral suspensa por torres de sustentação, com rodas e motores que giram em torno de um ponto central (o pivô). Ele fornece água e energia elétrica para o sistema ao se deslocar;
  • carretel enrolador: conhecido como linha lateral móvel, ele se desloca de forma perpendicular à tubulação (mangueira) ou ao canal de água. Composto por motores elétricos na torre de sustentação, é dividido em sistema linear, universal linear e linear duas rodas.

Independentemente de quais são os sistemas de irrigação por aspersão adotados, lembre-se de pesquisar sobre o vento, a umidade do ar e a temperatura da sua região. Esses três fatores influenciam diretamente a performance da irrigação e as despesas com ela.

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Qual a vantagem da irrigação por aspersão?

São inúmeras vantagens que a irrigação por aspersão oferece, como a versatilidade de ser utilizada em praticamente todos os tipos de solos, cobrir toda a área plantada, precisão exata do volume de água por setor, estrutura adaptável e atuação em conjunto com a fertirrigação (aplicação fertilizantes pela água).

Veja quais as vantagens da irrigação por aspersão:

  1. não precisa alterar o relevo;
  2. controle preciso da lâmina d´água;
  3. irrigação de solos com maior chance de infiltração e pouca retenção de água, como os terrenos arenosos;
  4. distribuição mais uniforme de água;
  5. pouca interferência na atividade agrícola;
  6. desmontagem rápida e fácil;
  7. economia de mão de obra;
  8. irrigação noturna.

Por outro lado, ela também apresenta algumas desvantagens, como um maior custo de água e energia, possibilidade de causar excesso de umidade e dificuldade de funcionar corretamente em locais com temperaturas muito quentes e ventos fortes.

Qual é o melhor sistema de irrigação?

Não há como definir o melhor sistema de irrigação por aspersão, afinal, sua eficiência depende do clima da região, como os ventos, a umidade e a temperatura. Portanto, para cada cultura e local, existe um método mais adequado.

Mas como descobrir qual a melhor irrigação para sua plantação? Veja os fatores que devem ser levados em consideração na escolha do seu sistema:

  • cultura;
  • solo e topografia;
  • disponibilidade de água;
  • clima e temperatura da região.

Depois de entender como potencializar sua irrigação por aspersão, pesquise as melhores formas de adquirir um sistema completo e de alta qualidade, que não pese no seu bolso. Uma das formas muito usadas pelos produtores é o consórcio de máquinas e equipamentos agrícolas.

Com diversas vantagens em relação a outras formas de crédito, como aquisição parcelada, sem entrada, ofertas competitivas e assistência da administradora durante e após a venda, o consórcio se encaixa nos mais variados estilos de vida e rendas financeiras. Conheça mais sobre ele e veja como participar de um!