Se a sua empresa está gastando demais com penalidades de trânsito, sendo que várias delas aparecem “de surpresa”, é sinal de que a gestão de multas para frotas não está funcionando.
A boa notícia é que existem práticas que otimizam o gerenciamento e previnem que essas situações aconteçam.
Nesse contexto, destacamos a maior importância do controle de multas em transportadoras: a conquista de bons resultados financeiros. Isso porque, além de gerarem despesas extras, elas influenciam a disponibilidade do veículo e a reputação da marca, que pode ter dificuldade de fechar novos negócios.
Sabemos que esse gerenciamento é um desafio, principalmente para empresas que têm uma grande quantidade de veículos em seu nome. Porém, quanto maior o tamanho da frota, maior é a necessidade de tornar essa gestão eficiente.
Para facilitar, separamos neste texto dicas práticas para fazer o controle de multas e preveni-las, além de explicar quem deve se responsabilizar pelas penalidades, a transportadora ou o motorista. Boa leitura!
O que é e para que serve a gestão de multas para frotas?
A gestão de multas para frotas é uma estratégia que utiliza boas práticas para monitorar os gastos com infrações e reduzir a quantidade de penalidades recebidas. Ela serve para controlar os custos, garantir a conformidade legal, aumentar a segurança dos condutores e elevar o lucro corporativo.
O controle de multas da frota inclui atividades como:
- cálculo e análise de indicadores de multas recebidas por veículo e condutor;
- identificação dos veículos com mais penalidades e condutores reincidentes;
- definição de práticas para prevenção e redução de infrações;
- resolução do pagamento e de todos os trâmites legais, como abertura de recursos, pontuação na CNH etc.
Benefícios da gestão de multas para frotas
O controle de multas em transportadoras oferece diversos benefícios ao negócio como um todo, impactando suas vendas, seus investimentos e a satisfação da base de clientes. Destacamos, por exemplo:
- redução de custos: evita-se o aumento de custos variáveis com as multas, sobretudo se a empresa tiver uma frota grande, o que pode complicar bastante o orçamento mensal;
- cumprimento das exigências legais: evita a multa NIC (Não Indicação do Condutor), que é gerada caso a empresa não retorne a autuação em até 30 dias informando quem é o motorista infrator;
- aumento da segurança dos funcionários: a gestão de multas evita que os motoristas se coloquem em situações perigosas, prezando pela sua segurança e das outras pessoas ao redor;
- preservação da reputação da marca: muitas vezes, o nome da empresa está estampado no veículo de entrega. E, caso haja descumprimento de normas e má condução, o público remete tais comportamentos à marca, prejudicando sua imagem no mercado;
- aumenta a taxa de disponibilidade da frota: multas podem gerar a apreensão do veículo, o que gera inatividade e maiores prejuízos financeiros.
Leia também: Gestão de frete: as 7 melhores recomendações para ganhar eficiência
Quais as multas mais comuns?
Quem trabalha em transportadora ou no setor de logística sabe que há alguns tipos de multas que são bastante reincidentes, por exemplo:
- excesso de velocidade;
- estacionamento em área proibida;
- ultrapassagem em local proibido;
- falta de uso de cinto de segurança;
- uso de celular ao volante;
- dirigir sob efeito de álcool e/ou substâncias ilícitas.
Algumas delas devem ser pagas pela empresa, porém, há outras que são de responsabilidade do motorista que estava ao volante durante sua jornada de trabalho.
Quem é o responsável pelas multas: motorista ou empresa?
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), há algumas condições em que a empresa pode responsabilizar o motorista pela multa, tornando-o responsável pelo pagamento e o recebimento de pontos na CNH.
O primeiro caso é quando o condutor praticou infração grave ou gravíssima. Ele deve responder pessoalmente pelos danos causados (a terceiros ou ao patrimônio público) e pagar o valor da multa.
Se a infração for causada por atos praticados na direção, o condutor também pode ser responsabilizado. Porém, para isso, a empresa deve comprovar que ele estava ao volante durante a jornada de trabalho e a aplicação da penalidade.
Já as multas que são de responsabilidade da transportadora envolvem as referentes à falta de documentação, má conservação do veículo e excesso de peso bruto total no transporte de carga, que não podem ser repassadas ou descontadas do funcionário.
Como fazer o controle de multas em transportadoras?
Para melhorar a eficiência na gestão de frota e realizar um bom controle de multas, a chave é usar a tecnologia como aliada.
Pense só: o que é mais fácil, acessar um sistema que já possui todos os dados dos veículos ou anotar tudo em uma planilha manualmente e demorar mais tempo para reunir e integrar dados e analisar os indicadores?
O sistema de gestão de multas, por exemplo, registra as infrações e propicia um completo acompanhamento de pagamento ou pedidos de recursos, gerando gráficos e relatórios completos com padrões e tendências para orientar as tomadas de decisão.
Há ainda o software de telemetria, que fornece informações em tempo real sobre o modo de condução dos motoristas de cada veículo.
Enfim, para fazer uma gestão de multas para frotas eficiente, é fundamental:
- consultar periodicamente multas de trânsito de toda a frota manualmente ou com sistemas que fazem essa atividade de forma automatizada;
- compreender a possibilidade de recursos em casos de infrações injustas ou com erros;
- verificar as opções de pagamentos disponibilizadas, como pagamento à vista ou parcelado;
- transferir as multas para os condutores responsáveis: é importante que a empresa tenha um processo claro sobre como lida com as multas e forneça todas essas informações aos funcionários durante sua contratação;
- analisar os tipos de multas e oferecer treinamentos aos motoristas, ressaltando a importância da segurança e direção defensiva.
Dicas de prevenção de infrações
Para otimizar o controle de custos de frota é preciso investir na prevenção de infrações de trânsito que geram prejuízos diretos e indiretos à empresa.
Para isso, é válido adotar algumas práticas que reduzam os riscos e aumentem a segurança da frota e a vida útil dos veículos.
A primeira delas é: use sistemas de gestão de multas e telemetria. Dessa forma, é possível identificar os condutores reincidentes e avaliar como está seu comportamento ao volante, para, então, aplicar medidas corretivas e resolver os problemas de modo pontual, antes que vire uma verdadeira bola de neve.
Outro ponto essencial é: treine constantemente os funcionários. Isso faz toda a diferença no desempenho da frota e na redução de penalidades.
Promova cursos, palestras, workshops ou eventos que falem sobre as leis de trânsito, as responsabilidades da empresa e seus funcionários, as políticas de uso dos veículos e a direção defensiva e segura.
Veja mais dicas de prevenção de infrações:
- mantenha a documentação dos veículos e das cargas em dia e evite o prejuízo com multas;
- planeje rotas mais eficazes, que possuam menos riscos de multas;
- faça manutenção preventiva para manter as boas condições dos veículos.
Ao seguir essas dicas sobre gestão de multas para frotas, a transportadora pode preservar sua imagem, reduzir despesas e continuar fazendo bons negócios, sem perder oportunidades no mercado devido a problemas nos veículos.
Continue aprendendo sobre gestão de frotas e veja como o consórcio pode elevar sua capacidade e qualidade de entrega!